quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Artistique-se!

São Tomás de Aquino que disse:"o belo é reflexo de Deus".

Uma excelente maneira de observar o belo é pela arte, mas muita gente tem pré-conceito em relação a museus, galerias de arte. Acho que tirando os "famosos" Louvre, MOMA, Vaticano, a maioria das pessoas evita entrar em um museu achando que vai ser chato, monótono, repetitivo...

Mas não e não, sabia?

Particularmente, gosto muito de visitar exposições e museus, mas sinto uma certa claustrofobia depois de algumas horas. Então tento amoldar meu gosto sem deixar de ver o que é bonito.

Uma coisa garanto, ainda que a intenção da viagem não seja "visitar um museu", muitas vezes é essa a parte do passeio que mais vale a viagem. E outra coisa também garanto, não precisa entender de arte pra visitar museu e galeria. Aos poucos a gente se familiariza (e pode até se apaixonar pelo tema).

Nesse post, tentando facilitar a vida dos que acham que não gostam desse assunto, e que não tem paciência para "arte", resolvi fazer um TOP 10 dos que eu acho imperdíveis (opinião bem pessoal, viu!?), e de todas as dicas que podem tornar a visita mais... digamos... atraente.

Para o post não ficar gigantesco vou falar só de museus e galerias de arte propriamente ditas (mais pra frente falo de outras manifestações artísticas e arquitetônicas).

Antes de começar, uma lista de (quase) todos os que já visitei - se alguém tiver interesse em outro além dos que eu vou especificar, pode pedir dicas nos comentários ou no instagram (@emmeioatudoisso - procura lá!).

Vamos começar.

O que já visitei:

MALBA, Museo de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina;
Museu da Inconfidência, Ouro Preto, Brasil;
Casa dos Contos, Ouro Preto, Brasil;
Museu do Oratório, Ouro Preto, Brasil
Pinacoteca, São Paulo, Brasil;
Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, Brasil;
Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil;
Palácio das Penas, Sintra, Portugal;
Palácio Nacional de Sintra, Portugal;
Casa da Música, Porto, Portugal;
Museu Alberto Sampaio, Guimarães, Portugal;
Fundació Joan Miró, Barcelona, Espanha;
Museu Picasso, Barcelona, Espanha;
Museo Nacional del Prado, Madri, Espanha;
Musée d'Orsay, Paris, França;
Musée du Louvre, Paris, França;
Castel Sant'Angelo, Roma, Itália;
Museo do Vaticano, Cidade do Vaticano, Itália;
Palazzo Ducale, Veneza, Itália
Galleria degli Ufizzi, Florença, Itália;
Reijksmuseum, Amterdam, Holanda;
Museu Van Gogh, Amsterdam, Holanda;
Tate Modern, Londres, Reino Unido;
Tate Britain, Londres, Reino Unido;
British Museum, Londres, Reino Unido;
Museu de Ciências  de Londres, Reino Unido;
Deutsches Museum - Museu de Ciências e Tecnologia, Munique, Alemanha;

Em frente ao Museo Nacional Del Prado - Madri - 2010

O Palácio Nacional de Sintra - 2010

Castelo dos Mouros - 2010

Palácio das Penas - 2010

Pinacoteca de São Paulo - 2013

A sala dos relógios do British Museum - Londres - 2013

O teto de vidro lindo do British - Londres - 2013

Ponte dos Suspiros - Veneza - 2014

O teto do Palazzo Ducale - Veneza - 2014

A vista de dentro da Ponte dos Suspiros - Veneza - 2014

O relógio do Museu D'orsay - Paris - 2012

O Castel Sant'Angelo logo atrás do Tevere - Roma - 2012

As colunas e fila para a entrada da Basília de San Pietro e San Paolo - Vaticano - 2012

A ala da aviação do Museu de Ciência e Tecnologia de Munique - 2014

Meus TOP 10 MUSEUS

 (não necessariamente nessa ordem)
(para acessar os sites clique no nome, está linkado)


Museu do Vaticano (e Basílica)

Vá esperando muito e prepare-se pra ainda assim se surpreender.

O museu do Vaticano é um absurdo, um exagero, um escândalo. Você vai passando por tapeçarias, esculturas, mapas, obras de arte medievais, tesouros persas, egípcios, múmias, objetos, utensílios africanos, cartas, livros, telas do período bizantino, medievo, românico, gótico, neo gótico...

Nunca vou me esquecer de um pequeno objeto, como uma rolha, todo escrito em letras minúsculas em alto relevo, numa língua se não me engano de alguma tribo da Mesopotâmia (tipo séculos antes de Cristo) e que era, na verdade, um carimbo! Siiiiiiiimmmmm, eles deviam molhar aquela "rolha" em alguma tinta e rolavam ela sobre papiro. Uma carta-rolha (pra poupar espaço!).

Nem me esqueço também dos pentinhos de cabelo feitos com ossos, esculpidos delicadamente em minúsculas florezinhas, utilizados pelas vaidosas donzelas de algum país longínquo da Africa, muitos e muitos anos antes de Cristo vir ao mundo.

Dicas:

- Vá com sapato confortável, porque são horas em pé. Se não tiver tão frio fora, vai estar bem quente dentro.
- Compre um manual do Museu (na lojinha perto da entrada tem), se não gosta de audioguias.
- Visite a Capela Sistina (o preço é extra) onde fica a impressionante obra de Michelângelo. Não estou dizendo que foi a obra mais bela que vi, porque não foi. Mas sem dúvida a mais impressionante. Pintar tantas feições, tanta história, tantas mensagens (subliminares) naquelas dimensões, de cabeça pra baixo, é algo que ninguém a não ser Miche seria capaz. E pleeeaaaaseeeeee, faz bonito lá e não tira foto. Não dói seguir as regras, vai por mim, é mais bonito e o que se vê ali nunca vai sair da sua lembrança, não precisa de foto.
- Não se assuste com a fila gigantesca que se forma na entrada. Não conheço maneira de evitá-la. O consolo é que apesar de enorme ela anda, e enquanto isso você fica ali no pátio da Basílica de San Pietro e San Paolo admirando aquela imponência toda, as colunas, as esculturas dos Apóstolos, o vai-vem de gente do planeta inteiro.
- Saindo do Museu você estará a uma caminhada pela margem do Tevere (Tibre) do bairro antigo mais boêmio e lindo de Roma: Trastevere. Programe seu dia de viagem pra sair do Museu e embalar no happy hour de Trastevere (um dia haverá muitas dicas sobre ele aqui).

Transporte:

- Metro - Linha A -Paaradas (fermata): Estações Ottaviano-S.Pietro-Musei Vaticano ou Cipro (ficam a 10 minutos a pé de caminhada até a entrada do museu).
- Tram (tipo um bondinho): n. 19 - Parada (fermata) Piazza del Risorgimento (fica a 5 min. da entrada).
Taxi: pede pra parar na Viale Vaticano, em frente à entrada do Museu (mas vale parar no entorno também).

Palácio Nacional de Sintra/Parque e Palácio Nacional das Penas

(Coloquei o dois juntos porque essa certamente é uma visitação gêmea que todo mundo faz.)

Aí você está em Lisboa, pega um trem (comboio) e 1 hora depois desembarca em Sintra. E visita o Palácio Nacional de Sintra, e visita o Castelo dos Mouros (estará na parte II do post), sobe mais um pouquinho e chega no Palácio das Penas, que vale super à pena (dhãããnn) .

O Palácio Nacional é lindo. O tour dentro do Palácio vai te mostrar quartos decorados, mesas postas, obras de arte, uma arquitetura deslumbrante e muita história (algumas de deixar cabelo em pé) da Côrte. A cozinha do Palácio, com suas chaminés cônicas, panelas, utensílios, é uma diversão á parte.

Já no Palácio das Penas o que primeiro chama a atenção é a grande mistura de estilos arquitetônicos. Mas não, o arquiteto não possuía múltiplas personalidades, o que acontece é que o palácio foi construído aos poucos, por vários arquitetos diferentes, e segundo os caprichos dos vários "moradores" ao longo dos séculos. Tem carranca marítima na entrada, tem janelas manuelinas, tem teto barroco, tem vista para o mar, tem vista para a Serra de Sintra e tem um jardim espetacularmente belo, com lagos, torres, árvores centenárias e suspenses.

E fora que é uma viagem no tempo do nosso passado, da nossa história.  amostras das excentricidades de uma Côrte pra lá de esbanjadora e, claro, da soberba e do ego de cada um que habitou e reinou naquele castelo.

De lá avista-se o Tejo e o Atlântico (você pensou na palavra estratégico?). Uma bela fortaleza! O passeio nesse castelo e no entorno deve ser lento e apreciado como um bom porto.

Dicas:

- Escolha um dia de tempo bom para ir, porque o passeio será grande parte ao ar livre
- Pegue o comboio em Lisboa o mais cedo que conseguir. Passe o dia em Sintra e lá divida seu tempo entre o passeio na Vila (minúscula), na Quinta da Regaleira, no Palácio Nacional, dos Mouros, e no  Palácio das Penas (há outras belas atrações na cidade, mas eu não conheci).
- Nos Mouros você compra a entrada dos dois: Mouros e Penas (quando visitei o Nacional era gratuito).
- De novo vale a dica da roupa confortável e da compra do manual. Embora seja fácil percorrer os Museus, é sempre melhor saber o por quê de cada quê, né? E ali há muitas histórias boas pra conhecer.
- Sintra é uma cidade pequenininha e cheia de charme, com cafés e restaurantes lotados de turistas. É uma cidade muito turística. Mas vale a pena, ainda assim, na descida, sentar em algum restaurante para um lanche. Não sei exatamente se vale a pena jantar (segundo meu conceito, onde há turismo demais a qualidade fica em segundo plano), até porque em uma hora estará de novo em Lisboa onde há inúmeros bons restaurantes com comida não turistesca pra você se deliciar. Mas coma os travesseiros da periquita, no mínimo por duas razões: é um docinho convencional típico da cidade, e é gostoso.
- Se você curte um piquenique, vale também comprar um vinho e umas iguarias deliciosas portugueses e sentar na quinta que fica no centrino, num banco ou embaixo de uma árvore, e petiscar vendo a vista linda (foi o que eu fiz da primeira vez que fui).

Transporte:

- Saindo de Lisboa é só pegar o trem (comboio) Linha Sintra das estações do Rossio, Oriente ou Entrecampos.
- Chegando em Sintra terá que fazer uma breve caminhada (que vale muito a pena) entre a estação e o centrinho (Vila, onde fica o Palácio das Penas). Dali saem os micro-ônibus (autocarros) nn. 434 e 435 que levam aos Mouros e ao Palácio Nacional. É possível comprar um ticket que vale para o dia, então dá pra parar nos Mouros, subir mais e parar no Palácio e depois voltar para o Centro sem precisar ficar toda hora comprando passagem.

Museu Picasso

Fica bem escondido no meio do (fabuloso, sensacional) Barri Gotic (bairro gótico) de Barcelona (melhor cidade do mundo) e você pode ter dificuldade de encontrá-lo. É pequenino, mas guarda um tesouro, com todas as fases do gênio Pablo, desde que ele nasceu (ele pintava desde pequetucho), passando pela adolecência, pela vida adulta, por seus inúmeros affairs. Não sei se era uma exibição temporária mas ver as várias cópias que ele fez de "As meninas" de Velásquez, foi muito, muito legal.

É aquele museu que não cansa, que é na verdade uma pausa, um oásis no meio do burburinho da cidade (não que se possa chamar as pinturas provocativas de Picasso de oásis, mas, bom...é tipo isso).

Dicas:

- A dica é ir, e depois, ou antes, emendar no Parc de la Ciutadella que fica ali pertinho.
- Nesse museu vale a pena o audioguia, porque não tem tanta informação, nem tantas salas pra se perder.

Transporte: No site do museu (é só clicar no nome dele aí em cima que está linkado) tem um mapinha que ajuda melhor que a melhor descrição. Mas o ponto de referência é que fica na Calle Montcada partindo da Calle de la Princesa, uma avenida grande que sai da Via Laietana (uma avenida maior ainda) e vai até o Parc de la Ciutadela. Faz uma cruz que você consegue chegar. E ali por perto há plaquinhas indicativas do caminho.

Musèe du Louvre

Esse é tipo, o museu dos museus.

Não preciso falar muito dele só o que interesse e o que interessa é que lá há o mundo contado em arte e história. O Louvre é um museu de arte, mais que o do Vaticano, e de história, tanto quanto o do Vaticano e o British.

Há peças memoráveis lá expostas, como a Vênus de Milus e a famosa Monalisa. Não se decepcione se você se decepcionar com esta última. Ela está lá, na sala dos italianos da renascença, pequenina, em meio a obras espetacularmente mais belas. O Louvre é um mundo, um labirinto que conta a história que a gente conhece e que não conhece também. Várias civilizações, de todos os continentes. Talvez em um mês seja possível visita-lo todo. Falo sério, me perdi por 8 horas lá dentro e saí porque em um momento, no subterrâneo, vendo múmias de gato dos faraós, me deu uma sensação de falta de ar e saí desesperada procurando ar livre.

A visita é demorada também porque o museu é sempre mito abarrotado de gente, e as vezes tem que ter paciência pra esperar a escursão sair de frente de uma tela que você quer ver. Acho que a tela mais linda que já vi na minha vida está nesse museu. Não anotei o nome do autor, mas é uma cena de um anjo segurando um ser mio andrógino, meio indígena, dentro de uma caverna. Se não me engano está na ala dos renascentistas italianos, ou franceses... não lembro.

Enfin (como dizem os franceses), o Louvre vale MUITO a pena.

Dicas:

- As mesmas sobre sapatos e roupas confortáveis e chegar cedo. Pense que você provavelmente vai passar o dia lá, entrar de manhã e sair no final da tarde. Prepare o espírito, ou vá duas vezes (ou 10...).
- É de suma importância a utilização de um guia. Eu não curto audioguias porque já basta pra mim a informação visual, não aguento alguém falando na minha orelha. Fora que as vezes o museu está cheio demais e você não quer seguir a ordem do guia, mas, sim, a ordem da sala mais vazia. Mas um guia escrito eu acho fundamental, o passeio fico muito mais rico.
- Outra dica espetacular quem dá é a Lina, do (super site fantástico, aliás) Conexão Paris. É sobre como evitar as filas gigantescas que se formam na porta do Museu. Há um "atalho". Clica no link e descubra.

Transporte: os metrôs de Paris são excelentes. Se descer na Ile de la Citè, no Luvre e nas Tulieries estará pertinho do Louvre (que é gi-gan-te).

Museo Nacional del Prado

Esse museu é um luxo. Fica numa avenida linda, em um edifício lindo, na linda Madri. É um museu de arte propriamente dito, com muitas pinturas, esculturas e arte decorativa, de vários artistas renomados, com destaque para os espanhóis, claro!

Lá estão El Greco, Goya e Velásquez, e suas obras feitos para a realeza. O "Jardim das Delícias" de Goya vale a entrada, achei a obra simplesmente sensacional... Imagina ele fazer aquilo naquela época!!!!

O gostoso desse museu também é que ele não dói. É claro, amplo, organizado e por não ter tanta informação misturada a visita fica mais leve e agradável. É uma espécie de Museu D'Orsay, mas com obras mais interessantes (segundo minha opinião).  

Dicas:

- não se preocupe demais, entre e delicie-se. O museu é grande mas não cansa. Audioguia pode ser útil.
- Saindo do Museu aproveite pra dar um giro pelo entorno. Pela Callle Ruiz de Alarcón e redondezas, Fonte de Netuno, Museu da Língua Espanhola, e pelo maravilhoso Real Jardim Botânico de Madri. E, se ainda estiver no pique, o Museu Thyessen Bornemisza fica em frente.

MALBA - Museu de Arte Latino-Americana 

Eu não sou particularmente fã de arte moderna, mas acho que se algum museu no mundo das artes modernas me atraiu esse foi o Malba, até porque se não fosse por ele não teria visto as obras dos "nossos" artistas reunidas em um acervo: lá estão Tarsila, Di Cavalcanti, Portinari, chegando a Oiticica e Clark.

Fora as obras de Berni, Frida Kahlo, Diego Rivera, e outros exponentes latinos que raramente se vêem expostos em museus europeus ou brasileiros.

Dicas: o MALBA é uma paz, não é lotado e andar lá dentro descansa mais que cansa. Não é tão grande e não há necessidade de audioguia, pois o que se tem basicamente são pinturas, artes gráficas e decorativas cuja descrição eu acho que não é necessária (e com um pouco de portunhol entende-se tudo).

Transporte: o museu fica a uma deliciosa caminhada do Jardim Japonês, passando pelas quadras das Embaixadas, um lugar verdadeiramente agradável e bonito para ir a pé. Se não desejar, vá de táxi, que em BUE tem um bom preço, ou de ônibus, nn. 67, 102, 130 ou 124, parando na Avenida Fuguerôa Alcorta.

Museu Van Gogh

Quem conhece um mínimo de arte sabe que Van é "o cara". Louco, insensato, passional, e gênio. O mais legal da arte dele é perceber como o emocional influenciou cada uma de suas fases, dá pra perceber na pincelada se ele estava em momento zen ou em maio a mais um turbilhão de emoções. As pinturas são lindas e lindo também é ver como ele aprendeu com seus mestres, como Milet, comparara as versões dos dois é super interessante.

O museu fica bem ao lado do Reijksmuseum, o maior de Amsterdam, vale a pena conhecer os dois, embora eu confesse que depois de ir em outros grandes a suntuosidade do Reijks diminui de tamanho.

Ah! E não precisa gostar ou "entender" de Van Gogh (Fon Rorr na língua local) para amar o museu.

Dicas:

- aqui é um meio termo entre Prado e Picasso no quesito tamanho. O audioguia pode ser útil. Dá pra visitar o museu todo sem claustrofobia nem trauma. Aproveite um dia chuvoso em Amsterdam para isso, já que em dias de sol a cidade é um museu a céu aberto.
- É possível comprar um pacote 2 em 1 pro Van Gogh e Museu dos Diamantes.

Transporte:  Em Amsterdam a dica maior é fazer tudo a pé, mas se quiser pegar o trem, é só parar no ponto do Reijksmuseum.

Galleria degli Uffizi

É o meu favorito disparado de todos os tempos.

Eu sou uma pessoa mais de pintura que de escultura, e acho simplesmente fabuloso estar em um museu que foi o palácio dos Médici, aquela gente que, no que tinha de bom, ajudou a fomentar a arte renascentista na mais linda cidade do mundo.

Andar por entre Boticellis, Michelangelos, Giotos, Fra Angelicos, Da Vincis, Rafaellos, Caravagios...espalhados pelos corredores do Palácio da Família Médici não tem como descrever. Só indo pra ter a exata dimensão da perfeição.

O Ufizzi tem muita, mas muita história, pois pra quem não sabe a Casa dos Médices comandou Florença e região nos séculos 16 e 17, da família saíram quatro Papas e foram eles os mecenas de Donatello e Michelangelo e no comando deles foram erguidos os Jardins de Boboli e o Palácio Pitti (além do Ufizzi, claro).

Dicas:

- A fila é uma tormenta! Ela já faz parte da arquitetura da Galeria. Mas aqui também não se assuste. Ela existe, é grande, mas anda. Enfrente com coragem porque vale demais o esforço.
-  Compre um guia escrito dos bons, e se for um pouco mais esforçado, estude-o. O museu é um pouco labiríntico e o audioguia vai enlouquecê-lo (na minha opinão). O livrinho detalhado das salas e de cada obra é a melhor companhia.
- Pode calcular boas horas lá dentro, por isso, sapato confortável e calma serão necessários, senão o cansaço bate.

Transporte: em Firenze ninguém usa transporte na cidade histórica, portanto, a menos que você estaje hospedado longe do "centro" vai caminhar facilmente até o Uffizi que fica ao lado do Arno e da Ponte Vecchio.

Museu Oscar Niemeyer

Um brasileirinho na lista!!! Ehhhhh!!!!

Eu realmente gostei do MON. Foi um dos primeiros museus que visitei, achei super bonito! No Brasil, ao lado da Pinacoteca (acho a Pinacoteca linda, mas a galeria, por estar numa das maiores cidades do mundo, muito pequetita), acho o mais interessante.

No museu há pituras, artes visuais, desenhos e arquitetura e você encontrará obras dos brazucas Tarsila do Amaral, Portinari, Niemeyer, Caribé, Tomie Othake, Di Cavalcanti e Brennand.

Há também exposições itinerantes interessantes (nesse momentos está em cartaz fotografias de Frida Kahlo).

Dicas: vá sem medo, o museu é pequeno, fácil de andar, nada cansativo. O prédio é novo e lindo! 

Transporte: veja como chegar nessa explicação aqui.

The British Museum

Não há muito o que descrever. O British, como o Louvre, é um mundo. Tudo o que existe de história da arte e das civilizações, muitas das pinturas, esculturas e artes decorativas do mundo, se encontra lá. O museu é gigantesco, com centenas de salas. Eu me encantei particularmente pelas da antiguidade, Persia, Egito, Mesopotâmia; pelas da comunicação (aqui, de novo, "cartas" de mil anos atrás, línguas ainda desconhecidas, inscritos entalhados...) e pela ala Chinesa, que conta a história desde o Primeiro Império até a dinastia Ming...

Dicas: audioguia nem pensar, melhor um bom livro; sapato confortável e muita disposição pra enfrentar a multidão. O bom é que no British a fila não é assustadora (Inglaterra é Inglaterra, né babe!?).

Transporte: o fantástico metrô de Londres leva você de onde estiver para qualquer lugar. Desca em Hollborn, Tottenhan Court ou Goodge Street e vá andando (pequena caminhada de alguns minutos na lindíssima Fritzrovia.

And, least but not last...

Palazzo Ducale

Se em Firenze os Médici mandaram e desmandaram, o que dizer dos Doges de Veneza, a cidade mais rica do mundo na época deles!? Os Doges (ou duques) foram muitos e é possível ver, em um passeio pelo Grand Canale, as banais casinhas que construíram na cidade que é um milagre. Sim, porque Veneza é um milagre gente! - um dia conto como morri de amores por ela e porque chorei de saudade no sexto e último dia que passei lá esse ano... (só de lembrar choro de novo...).

O Palácio dos duques é uma obra suntuosíssima, construída pelos homens que mandavam no comércio do mundo, que inseriram no ocidente as especiarias orientais... Poder e luxúria escorrem pelas paredes (ui, fui fundo agora). O prédio espetacular fica na Piazza San Marco e está unido de um lado à Basílica de San Marco (entrada franca), que merece muito a visita e de outro à ponte dos suspiros (que leva este nome porque os gritos dos condenados podiam ser ouvidos, ecoando, pelas aberturas nas paredes da ponte, único local onde entrava uma nesga de sol na claustrofóbica e úmida carceragem que fica abaixo do nível da água.

Dica: o passeio pelo Palazzo é muito tranquilo. Apesar de haver muita gente, não dá a sensação de claustrofobia. Não há banheiros dentro do museu, então use os do térreo. Vale a pena visitar a prisão e a ponte dos suspiros (é de arrepiar). Sapatinhos confortáveis sempre! E aqui também creio que o livro seja melhor opção que o audioguia.

Transporte: em Veneza chama-se "pernas pra que te quero". Se estiver em algum ponto de alguma ilha muito distante da Piazza, pegue o Vaporetto que desce nela. Do contrário, perca-se (e apaixone-se) pelos bequinhos que levam ao Palazzo.

É isso por enquanto, espero que ajude. Não deixem de dar sugestões sobre conteúdo e formatação. Ainda estou em fase de adaptação e as dicas de quem lê são fundamentais! 
E sigam nossa página do instagram - @emmeioatudoisso

Até breve, Mimi.

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